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domingo, 21 de dezembro de 2014

Sinopse de O jogo de Amarelinha, de Graziela Bozano Hetzel


A amarelinha é um jogo conhecido de todas as gerações, sempre bem vindo entre as crianças. O desafio de chegar à última casa é o que atiça os participantes. Desta simples brincadeira podem-se tirar profundos significados. No livro O jogo de amarelinha, a grande sacada é relacionar a brincadeira ao grande jogo, que é a vida.
A autora Graziela Bozano Hetzel mostra o quanto o simples brincar pode ser intenso, se pararmos para pensar por que escolhemos agir desta ou daquela maneira. O vínculo entre a trajetória da vida, que termina com a morte, e a sequência do jogo, cujo objetivo é que se chegue ao céu, oferece ao leitor a oportunidade de refletir sobre a separação e a saudade. Lendo o livro, você encontrará as pistas que Letícia, a personagem principal, nos deixa para compreender um pouco do grande jogo.

Fonte: Hetzel, Graziela Bozano. O jogo de Amarelinha.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Algumas versões de Cinderela



China: A personagem principal recebe o nome de Ye Xian.  Estima-se que tenha surgido por volta de 860 a. C. O tema da jovem órfã, que vive com uma madrasta que a despreza, preferindo sua filha, nasce nesta primeira versão. O elemento mágico aqui será um peixe dourado, muito estimado por Ye Xian. A ida a um baile, onde conhece um guerreiro é um dos pontos mais emocionantes da história.
Itália: É um conto popular, divulgado oralmente, chamado La gatta cenerentola ("A gata borralheira"). Nesta versão, a jovem, se desfaz da madrasta, que não gosta dela, de forma impiedosa. A segunda madrasta será ainda pior, fazendo com que a menina viva somente na cozinha, entre as cinzas do fogão. O elemento mágico será uma árvore, de onde sai uma fada madrinha para ajudá-la.
França: Escrita pelo francês Charles Perrault, em 1697, esta se tornou a versão mais conhecida. Após a morte do pai, Cinderela vive com a madrasta e duas irmãs, que a maltratam por invejá-la. Através da magia da fada madrinha, a jovem poderá realizar seu sonho de ir a um baile.
Alemanha: Escrito pelos Irmãos Grimm, em 1812. Semelhantemente à versão italiana, a jovem vê crescer uma árvore mágica no túmulo de sua mãe. Em vez  de encontrar a fada para realizar seus desejos, aparece-lhe um pássaro, com quem conversa à sombra da árvore mágica. Na realização do sonho de ir ao baile, os pombos e a árvore que cresceu no túmulo de sua mãe a ajudarão.
Estados Unidos da América: É a versão para crianças que conhecemos, feita por Walt Disney em 1950.
Fontes:
Corso, Diana Lichtenstein. Fadas no Divã: psicanálise nas histórias infantis ─ Porto Alegre: Artmed, 2006.

domingo, 26 de outubro de 2014

Ana Maria Machado

Nascida em uma família de pessoas sonhadoras e conscientes de que a educação é a única via para uma vida de realizações, Ana Maria Machado nos revela, através da sua história de vida, que a leitura de livros sempre foi algo de muito valor para seus pais. Isso fez com que mantivesse uma relação muito estreita com a palavra escrita desde que nasceu.
Ana Maria Machado é do Rio de Janeiro. Nasceu em 1941. Viveu com seus pais e seus irmãos no bairro de Santa Tereza. A literatura clássica era uma grande paixão de seus pais que, no dia a dia, transmitiam esta paixão para os filhos. Nas férias, sempre ia para a casa de seus avós, no Espírito Santo. Mais que brincar, Ana Maria Machado “descansava”, convivendo com pessoas que simplesmente, amavam contar histórias. Eram momentos de total libertação.
Neste contexto de crescimento, esta jovem tinha a cabeça aberta para um universo de tudo o que se dizia cultura. O veio artístico aflorou e ela buscou uma formação nesta área. Sua primeira formação foi a Escolinha de Arte do Brasil, depois no Atelier Livre do Museu de Arte Moderna; por esta trilha, vem a estudar e trabalhar em grandes centros de cultura no exterior. Posteriormente, graduou-se e tornou-se mestre em letras clássicas, carreira que logo abraçou, mas manteve a pintura paralelamente, O contato com o trabalho de literatura infantil teve início quando começou a escrever artigos para crianças na revista Recreio.
No final da década de 60, a ditadura impede a liberdade de expressão, por esse motivo, Ana Maria Machado, da mesma forma que outros amigos escritores e artistas, saiu do Brasil, indo morar em Paris, onde trabalhou como jornalista e professora universitária; fez, também, mais uma pós-graduação. Nesta fase, ela já se realizava como mãe e com uma vida profissional brilhante. Mas, em poucos anos, retornou ao Brasil e deu continuidade à carreira de escritora de livros para crianças, através dos quais ganhou diversos prêmios, inclusive o de Hans Christian Andersen.
Definitivamente, tudo o que ela é se aglutina para que se firme como produtora e disseminadora da leitura entre as crianças do Brasil.

http://www.anamariamachado.com/exposicao-virtual/4

James Matthew Barrie


Jornalista, dramaturgo e autor de livros infantis, Sir James Matthew Barrie, nasceu em 1860, em Kirriemuir, uma aldeia das Terras Baixas de Forfashire. Filho de um tecelão e da filha de um pedreiro, Barrie seria o nono de dez irmãos.
Quando o seu irmão David, filho predileto da sua mãe, morreu prematuramente, vitíma de um acidente de patinagem, Barrie tentou captar a sua atenção, vestindo as ROUPAShttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.pngdo falecido. O relacionamento obcessivo que teria germinado entre mãe e filho marcaria toda a vida de Barrie, que chegaria a publicar uma biografia sua em 1896.
Barrie estudou na Dumfries Academy da UNIVERSIDADEhttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png de Edimburgo, tendo-se licenciado em 1882. Começou depois a trabalhar como jornalista para o Nottingham Journal e, em 1885, um ano depois do seu casamento com Mary Mansell, chegou a Londres para dar início a uma carreira de escritor freelancer. Em 1888 obteve o seu primeiro sucesso, com a publicação de Auld Licht Idylls, uma série de esboços da vida escocesa. O seu romance melodramático, The Little Minister (1891), conseguiria uma popularidade notável, tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos da América, tendo sido posteriormente produzidas três versões cinematográficas do mesmo. Com a sua encenação, Barrie passou a escrever essencialmente para o teatro.
Em 1902 seriam postas em palco duas das melhores peças de Barrie, Quality Street e The Admirable Crichton. Foi também nesse ano que o herói que o imortalizou, Peter Pan, foi mencionado no seu romance para adultos, The Little White Bird. Peter Pan: Or The Boy Who Would Not Grow Up. Foi encenado pela primeira vez em 1904, mas decorreram alguns anos até que fosse impressa a sua versão definitiva, e só em 1911 apareceu no formato de narrativa, com o título Peter and Wendy.
Peter Pan foi evoluindo gradualmente a partir das histórias que Barrie contava aos cinco filhos de Sylvia Llewelyn, sua grande amiga, e ela própria, filha do romancista George du Maurier. Quando Sylvia e o seu marido faleceram, Barrie foi o guardião oficioso dos seus filhos.

(Retirado de http://www.infopedia.pt/apoio/artigos/11743600?termo=admiral) 


 Texto selecionado por Marta Patrícia.


Leia e viva a história!



Trecho do livro Peter Pan,de James Matthew Barrie, traduzido por Ana Maria Machado.


    "─ Acordem! gritava. ─ Peter Pan está aqui e vai nos ensinar a voar.
    João esfregou os olhos.
    ─ Então eu levanto ─  disse, mas é claro que já estava de pé. ─  Oi, já levantei!
    A esta altura Miguel também já tinha levantado, aceso como um candelabro de sete lâmpadas.            Mas Peter, de repente, fez um sinal pedindo silêncio. Ficaram todos com aquelas caras arteiras que criança faz quando fica prestando atenção para ouvir os sons do mundo adulto. Tudo estava em silêncio absoluto. Então, tudo bem. Não, nada disso! Então, tudo mal.[...]
    Diga uma coisa, Peter, você sabe voar mesmo?
    Em vez de ter o trabalho de responder, Peter levantou voo e percorreu o quarto, se  encarapitando em cima da lareira [...]
    ─ Explique, como é que a gente tem que fazer? ─ quis saber João, esfregando o joelho...
    ─ Pense em coisas bem boas ─ explicou Peter.
    ─ E esses pensamentos gostosos vão fazer você subir no ar[...]
    ─ Agora eu aprendi, Wendy! ─ exclamou João.
    Mas logo descobriu que não tinha aprendido. Nenhum dos três conseguia voar nem um pouquinho.
    É claro que Peter estava brincando com eles. Ninguém consegue voar se não estiver salpicado com um pouco de poeira das fadas. Felizmente, como já dissemos, uma das mãos de Peter estava cheia desta poeira encantada. Foi só ele soprar um pouquinho em cima de cada uma das crianças e logo se viram os mais fantásticos resultados."

Leia o livro e divirta-se com as aventuras de Peter Pan e seus amigos!
(MACHADO, Ana Maria, 2006, p.54-57)

Visite a Educopédia e Busque a aula de Peter Pan em Asa de PAPELhttp://cdncache-a.akamaihd.net/items/it/img/arrow-10x10.png! Divirta-se!

Texto selecionado por Márcia Patrícia